Eu sinto saudade do tempo da menor idade.
Do meu tempo de criança. De brincar na chuva.
Do meu algodão doce. Das festas de aniversário.
Da minha arvore de natal. Do que não existe mais.
Das pessoas que já se foram. Do amor que a distância levou,
E talvez de um pai que Deus levou.
Eu sinto saudade da minha fada do dente, do tempo que eu
Acreditava nas pessoas. Do que foi e hoje não é mais.
Eu sinto saudade de um abraço, do dia do meu primeiro beijo, em que
Fez mudar completamente aquele tempo.
Eu sinto saudade da escola, das conversas jogadas fora.
De dormi na sala de aula. Das viagens com os amigos. Do meu sorvete.
Dos hamburguês com refrigerante. Da minha bicicleta rosa.
Do meu antigo ursinho de dormi. Do tempo que já não temos.
Eu sinto saudade da adrenalina. Do tempo em que sabíamos que poderia acabar a
Qualquer momento.
Das histórias antes de dormi. Dos programas nas casas das amigas.
Das cartinhas e dos bilhetes. Dos versos bobos.
De brincar no balanço. Das aulas de dança.
Eu sinto saudade do meu diário, do tempo em que acreditava em papai Noel.
De deixar meu sapato na janela por um presente.
Dos castelos de areia. Das aulas filadas. Das minhas bonecas.
De fugir das aulas de Educação Física. Do ônibus escolar.
De uma fotografia.
De um momento e daquele tempo.
De quem um dia foi e hoje não é mais.
Saudades do que fomos, da minha família.
Das nossas loucuras. De um sorriso, de um lugar.
Eu tenho saudade das noites em claros,
Dos telefonemas, de um perfume, de um carinho, do meu amor porto seguro.
Enfim...
Eu sinto saudade.
By: Gabriella Christian*
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